Free cookie consent management tool by TermsFeed Generator

Dados inéditos revelam estrago causado pelo EaD na educação do Brasil


26.07.2024

Dos 47 mil polos de Ensino à Distância (EaD) que existem no Brasil, 46% são terceirizados. Ou seja, além de entregar uma péssima qualidade, essas unidades não são sequer geridas por quem as criou. São outorgadas a terceiros desqualificados, mediante a concessão de aproximadamente 30% do valor arrecadado em mensalidades. Trata-se de um negócio nefasto, que transforma a educação em mera especulação financeira. Os dados são do próprio Ministério da Educação (MEC) e foram levantados pela Folha de S. Paulo.

“O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) é terminantemente contra o EaD para formação de profissionais de Enfermagem. Essa modalidade tem provocado uma verdadeira tragédia no campo da saúde, perpetrando a formação de profissionais de baixíssima qualidade para atender a população brasileira”, diz o presidente do Cofen, Manoel Neri.

Na medida em que autorizou esse tipo de terceirização nos idos de 2017, o MEC também deixou de realizar inspeções presenciais nessas unidades. Desta feita, as instituições passaram a registrar livremente novos polos EaD sem o mínimo controle, transformando o sonho dos alunos em um verdadeiro pesadelo, uma vez que esse tipo de formação é inócua e não atende as necessidades e requisitos mínimos necessários para que os egressos possam ingressar no mercado de trabalho.

“O MEC já proibiu a abertura de novos cursos nessa modalidade e anunciou que vai criar um novo marco regulatório para o setor, mas foram anos de descontrole, que permitiram a proliferação de cursos sem a menor qualidade. No campo da Enfermagem, é improvável que um aluno formado dessa forma consiga exercer a profissão e prestar assistência à população com segurança técnica”, opina Manoel Neri. 

Fonte: Cofen