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Enfermeiros são vítimas recorrentes de agressões físicas e verbais no ambiente de trabalho

Quase toda a categoria já sofreu, pelos menos uma vez, violência durante o ofício

15.07.2025

Segundo levantamento do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP), realizado em 2023, 80% dos profissionais de Enfermagem no estado já foram vítimas de agressões no ambiente de trabalho. 48% deles já sofreram mais de uma vez e 90% foi verbal.

No Distrito Federal, outra pesquisa aponta que 82,7% dos enfermeiros ou técnicos já sofreram violência física enquanto trabalhavam. E, pelo menos, uma agressão, seja verbal ou física, todos os dias.

Karina Valverde, enfermeira concursada do Estado de São Paulo, está afastada de dois empregos devido aos ferimentos e abalo emocional. Ela relata que trabalham sob ameaça. “Dizem que atendemos com ‘cara feia’, mas é medo mesmo. Medo de morrer.” 

Os profissionais de Enfermagem sofrem com a ausência de políticas públicas eficazes, tanto na área da saúde quanto na segurança pública, especialmente no aspecto preventivo. Esse cenário compromete a saúde mental e física dos profissionais de Enfermagem, que, geralmente, são os primeiros a atender a população. 

O coordenador da Comissão de Enfermagem Forense do Cofen, Antônio Coutinho, explica que o Cofen vêm adotando medidas para auxiliar às pessoas vítimas de violência e que a Comissão Nacional de Enfermagem Forense pode apoiar neste processo.

“A presença deste especialista no ambiente hospitalar poderá assistir os profissionais da própria instituição vítimas de agressão física, psicológica e de gênero, e produzir dados na defesa do agredido. Sendo detectado pessoas violentas no ambiente de trabalho, o enfermeiro forense poderá também trabalhar através de técnicas para manter um ambiente seguro”.

Fonte: Ascom Cofen, com informações do G1