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Ministério da Saúde publica Nota Técnica sobre acesso ao exame de mamografia no SUS

Documento busca uniformizar informações sobre acesso ao exame

10.11.2025

O Ministério da Saúde publicou uma Nota Técnica com informações detalhadas sobre o acesso ao exame de mamografia no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). O documento esclarece que o SUS não restringe o acesso das mulheres ao exame, que pode ser realizado tanto como forma de rastreamento populacional, voltado a mulheres assintomáticas, quanto como investigação diagnóstica em casos com sinais ou sintomas suspeitos de câncer de mama.

De acordo com a orientação do ministério, o rastreamento mamográfico populacional deve ser realizado em mulheres de 50 a 74 anos, a cada dois anos, por ser a faixa etária em que há comprovação científica de redução da mortalidade por câncer de mama. Essa recomendação está alinhada ao Código Latino-Americano e Caribenho contra o Câncer, publicado pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), da Organização Mundial da Saúde (OMS), e pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que também recomenda o rastreamento bienal a partir dos 50 anos de idade.

A nota ressalta, contudo, que o SUS não impede o acesso à mamografia de mulheres entre 40 e 49 anos ou acima de 74 anos que desejarem realizar o exame por demanda própria, desde que sejam orientadas por profissionais de saúde sobre os riscos e benefícios dessa decisão. Desde 2009, quando o procedimento de mamografia bilateral de rastreamento foi incorporado à tabela do SUS, mais de um terço dos exames realizados foram em mulheres fora da faixa etária prioritária. Em 2024, por exemplo, mais de um milhão de mamografias foram feitas em mulheres com menos de 50 anos, o que demonstra que o acesso sempre foi garantido a todas as mulheres.

O Ministério também enfatiza a importância do diagnóstico precoce, que depende da conscientização das mulheres e da capacitação dos profissionais de saúde para reconhecer sinais e sintomas suspeitos da doença, além do acesso rápido aos serviços de saúde. São considerados sinais de alerta: nódulos endurecidos e fixos, aumento de volume mamário, secreção sanguinolenta unilateral, lesões na pele da mama que não cicatrizam, retração mamilar, inflamações persistentes, linfonodos endurecidos na axila e tumorações em homens.

O documento reforça, ainda, que mulheres com sintomas devem ter prioridade na marcação de exames, e que o sistema de saúde precisa garantir acolhimento e agilidade no diagnóstico. A continuidade do cuidado, com acesso oportuno e de qualidade ao tratamento, deve ser uma prioridade dos gestores públicos, por meio da organização adequada das redes de atenção em cada território. Além disso, a nota também destaca a importância das ações de prevenção primária, que devem ser amplamente estimuladas: manutenção do peso corporal saudável, prática regular de atividade física, alimentação equilibrada, aleitamento materno e redução do consumo de álcool.

Leia a nota completa clicando aqui.

Fonte: Ascom Coren PR, com informações do Ministério da Saúde